Cirurgia de amígdala: chegou a hora de fazer a minha. Nesses últimos meses de 2014 resolvi que já era hora de fazer essa cirurgia de retirada das amígdalas que, há muito vem me incomodando.
Há muito tempo sofro de amidalite caseosa, que são massas de sujeira que acumulam nas amídalas do palato, causando mau cheiro e incômodo na garganta e, talvez, provocando o mau hálito.
O sintoma que mais me incomoda é a coceira na garganta o tempo todo. É um inferno. A sensação que se tem é de ter comido algo seco e ter ficado preso na garganta; você tenta tirar e não consegue.
Por falar em tirar, outra coisa que irrita bastante é a retirada dos cáseos: pra mim é um sufoco: eu choro, às vezes lesiono a mucosa quando introduzo algum objeto para retirar, além de provocar o reflexo de vômito. A retirada é feita colocando-se um cotonete e espremendo a amídala por fora, de modo a expulsar a massa de sujeira. Não é nada simples esse procedimento, apesar de já ter lido muito sobre os modos de retirada na internet.
Para chegar a essa decisão, estudei bastante essa condição. Devido à anatomia da amídala, que é diferente nas pessoas, a sujeira decorrente do alimento pode se depositar nas criptas (buracos) da amídala, causando acúmulo e mau hálito. O tratamento, na maioria das pessoas, aquelas que não apresentam grande acúmulo de sujeira, é tópico, e inclui higienização, gargarejo de bicarbonato de sódio várias vezes ao dia, e alguns enxaguantes. Já tentei todos eles, menos ir à clínica SAUDÁLITO, pois a consulta era muito cara e não iria resolver o problema.
Já tinha lido na internet que só se deveria recorrer à cirurgia aqueles casos graves, como amidalite infecciosa, ou no caso de o acúmulo ser muito grande. É o meu caso, pois as massas são enormes, chegando a 1 cm, mais ou menos. Pode não parecer muito, mas isso dentro da boca te incomodando dia e noite é terrível. Só quem já passou por isso é que sabe o quanto incomoda.
Bom, no mês de junho e julho de 2014, fiz os exames pré-operatórios pedidos pelo meu otorrino, Dr. Cesar Antonio Amorim. A minha outra otorrino, Dra Amanda Bastos foi quem me encaminhou pra ele, e conversei co alguns pacientes dele, que disseram coisas boas sobre ele.
Na primeira consulta com ele já havia feito os exames eletrocardiograma e o hemograma e coagulograma, pedidos pela doutora Amanda. Ele não gostou muito dos resultados e pediu pra que eu refizesse os exames. Para ele, o certo é que os valores fiquem dentro dos limites, e os meus valores não estavam assim, só um pouco ultrapassados. Então refiz os exames e ele ainda pediu pra fazer a videolaringoscopia (que eu odeio de coração esse exame) e uma ultrassom cervical (do pescoço). Os valores foram praticamente os mesmos, e ele se convenceu de que meu padrão era esse.
Estando tudo certo com os exames, chegou o grande momento: "É só você querer fazer a cirurgia. Você quer?" e, sem titubear, respondi: "sim, é o que mais quero!" Só pra esclarecer: a amídala não tem função alguma no adulto, apenas na criança, embora alguns médicos teimem em dizer que é um órgão linfoide e que ajuda a combater bactérias que entram pela boca. Mas, no meu caso, ela está mais incomodando do que contribuindo. Então, para que sofrer mais? Outro detalhe é que essa cirurgia é opcional: depende de você querer.
Eu nem queria falar da burocracia pra marcar essa cirurgia, mas tenho que fazê-lo. Assim que saí do consultório dele, na Otoclinic, em Maceió, fui falar com a assistente dele no consultório particular dele, na Rua Pedro Monteiro, em frente à Escola de Cegos (a maioria dos maceioenses sabe onde é). Tive a opção de dois hospitais: o da UNIMED e o ARTHUR RAMOS. Optei pelo segundo. Não conheço nenhum dos dois, mas foi o que teve menos frescura pra marcar. O da Unimed tinha que ser 30 dias exatos pra marcar. Isso significaria ter que faltar ao trabalho de novo só pra marcar um procedimento. Depois vem a autorização da cirurgia pela Unimed e logo em seguida a consulta pré-anestésica. Os dois ainda não foram realizados.
Vamos as datas previstas:
08 de setembro às 14h: consulta pré anestésica.
24 de setembro às 06:50: cirurgia: septoplastia por vídeo + turbinectomia + amigdalectomia das palatinas.
Só um detalhe: A cirurgia principal é a do desvio de septo, que está prejudicando a rinite (septoplastia). A turbinectomia é a dos cornetos nasais e a amigdalectomia é a das amígdalas. Agora imagine em dia de crise de rinite, como eu fico: corizando, com dor de cabeça, gotejamento pós nasal, leve aquecimento do corpo (que não é febre) e o ouvido e a garganta coçando muito. É terrível.
Depois da cirurgia volto aqui pra dar meu depoimento de como foi minha recuperação e se valeu a pena. Que Deus me ajude e que eu esteja no caminho certo.