sábado, 24 de janeiro de 2015

Septoplastia + Turbinectomia + amigdalectomia: o pós-operatório

Depois de muitos transtornos e dificuldades, enfim, fiz a cirurgia! Não foi no dia 24 de setembro, pois nesse dia eu menstruei e tive que remarcar. A segunda data foi dia 03 de novembro, que eu também desmarquei. Dia 19 de janeiro de 2015 foi o dia da minha cirurgia. Aconteceu no Hospital Arthur Ramos, aqui em Maceió, Alagoas, às 8:30 da manhã, pelo médico César Amorim e sua equipe.

Antes da cirurgia, fui de novo à consulta pré-anestésica, e a médica me passou dois remédios: predinisona por 10 dias e zyxem por dois dias, o final de semana anterior à cirurgia.

Na manhã da cirurgia, estava de jejum desde as 21 horas. Levei os documentos, a guia de internação e o cartão do plano, essas coisas burocráticas. Assinei os termos lá de autorização e, de cara, já subi para o centro cirúrgico. É que lá tem um probleminha de organização de quartos: tem que esperar vagar um quarto pra poder ser atendido.
Então, acomodaram-me na mesa de cirurgia, paramentaram-me e prepararam-me para o procedimento. Eu ainda vi a outra médica que fez a minha cirurgia, Dra Flávia, que eu não conheço.

Em seguida apaguei. Fui acordada por uma enfermeira. Era por volta de 11 horas da manhã - eu me lembro que eu perguntei que horas e ela me disse - pedi água e ela me deu só pra molhar o lábio. Acordei me tremendo, acho que por causa do frio. Ela logo colocou a coberta. Então, o efeito da anestesia começou a passar e eu só me lembro que meu olho lacrimejava sem parar. Mas eu me lembro também que eu estava respirando bem melhor, parecia que tinham limpado o filtro do meu nariz!
Naquela sala fiquei por uma hora e meia. Parece que não tinha maqueiro suficiente para levar os pacientes daquela sala para os quartos. Era uma sala onde ficavam várias pessoas recém saídas do centro cirúrgico. 

Era meio dia e meia quando o maqueiro chegou e me levou pro meu quarto. À medida que o efeito da anestesia ia passando, eu ia percebendo dores diferentes. Gente, doía tudo! e essa anestesia maldita! fiquei nocauteada por 24 horas! quando eu vim pra casa eu ainda estava sentindo os seus efeitos!
Primeiro, a cabeça começou a doer, na região frontal; depois, a mandíbula, como uma dor de dente, aí, acho que por conta do ar condicionado, meu nariz entupiu de vez! e ainda ficava saindo uma pomada cicatrizante que o médico tinha colocado e eu achava que era pus.

Esse 19 de janeiro foi o dia mais longo da minha vida! À tarde, começaram a trazer os líquidos para eu ingerir. E a dor só aumentava, apesar de eu ter sido medicada de forma correta; quanto a isso não tenho do que reclamar! mas é que dói mesmo: a garganta tava ressecada e sem a amígdala.

A noite foi longa e eterna para mim!Até que eu estava com sono, mas como não conseguia respirar pelo nariz, não consegui achar uma forma de dormir de boca aberta, pois a garganta doía muito. Resultado: passei a madrugada acordada. O meu maior medo era o nariz começar a sangrar e eu ter de ficar mais um dia internada em hospital.

Na terça feira dia 20 de janeiro, o meu quadro continuava o mesmo: dor na garganta, nariz entupido e cheio de pomada, e dor de cabeça e mandíbula.
Por volta das 10 horas da manhã, o Dr César veio me visitar e dar alta médica. Ele me deu apenas 10 dias de afastamento do trabalho. Passou os remédios: Clavulin, antibiótico de 12 em 12 horas; Maresis, líquido pra lavar o nariz, à base de cloreto de sódio e Freenal, também para lavar o nariz. Os dois usados três vezes ao dia. Analgésico passou dipirona, para tomar só nas dores. E não passou nenhum medicamento local para a amígdala. Eu achei estranho, mas não questionei. E a dieta, pediu que, nos primeiros dias fosse só líquida, depois, introduzindo alimentos pastosos. Ao final dos 10 dias, retornar ao consultório para avaliação.

Os três primeiros dias foram horríveis: muita dor na garganta! até me arrependi de ter tirado as amígdalas! E, durante a noite, acordava toda babada! a saliva escorria por conta da boca aberta.

Hoje, dia 24 de janeiro, estou melhorando! é rápida mesmo a recuperação. Hoje está fazendo 5 dias da cirurgia e eu já estou melhor! a garganta ainda dói quando vou deglutir saliva, mas a minha respiração está bem melhor!





























Bom, essa foi a minha experiência! Espero ajudar muitas pessoas com esse relato.
Depois volto com a terceira parte para falar sobre como é a minha vida sem amígdala, e dizer se valeu a pena ou não ter retirado esse órgão! Obrigada!